domingo, março 30, 2008

Excerto de "Todas Se Apaixonam Por Mim"

Todas não, como é óbvio. Mas sou simpático, giro e atencioso o suficiente para despertar conforto nas mulheres que vou conhecendo ao ponto de muitas delas me concederem o seu amor. Conceder amor é fácil quando se encontra alguém disposto a alojá-lo, alguém simpático, giro e atencioso o suficiente para despertar conforto. Todas as mulheres querem ardentemente conceder o seu amor, e isso facilita. De maneira que basta darmos-lhes (a) a mão limpa, por assim dizer, (b) um espaço carinhoso para se sentarem, num momento em que suspiram de fadiga, (c) criar oportunidades para que isto aconteça algumas vezes seguidas. E pronto, as mulheres cedem logo o seu amor. Todas se apaixonam por mim, quase todas.Sou inteligente o suficiente para saber ser simpático e atencioso de forma eficaz, e sou giro na medida exacta em que não sou feio. Qualquer homem que reúna estas elementares e banais destrezas tem o poder suficiente. Só não verá que todas se apaixonam por ele se não lhes der oportunidades, se ele próprio se apaixonar por alguém e se tornar exclusivo.

terça-feira, março 25, 2008

O verdadeiro abraço não é aquele que envolve num sentido de posse, de demonstração demasiado pura de que queremos aquela pessoa para sempre.
Esse é egoista. Prende. Sufoca.
O verdadeiro abraço tem qualquer coisa de protector, de carinho e muito sentimento. Sentimento se entrega total a uma causa. Á causa que abraçamos...
É como dizer "Eu estou aqui a proteger-te do mundo"
São abraços que sossegam, envolvem, quase que falam...

domingo, março 16, 2008

Alguem me disse um dia...

"(...)só deixa de saber a sumo quando tiver outro sabor mais forte lá dentro..."

E isso demora muito? :(
Às vezes a vida pesa.
Cansa.
Mói.
Destrói...
O riso vai-se, a paciência desaparece.
Ficamos impossiveis, intratáveis.
Vemo-nos ao espelho e não nos conhecemos.
E deve ser dificil para alguem que esteja ao nosso lado.
Porque sempre fomos o porto de abrigo.
Sempre fomos o riso que sossega.
Mas se a tempestade vem até terra, nao há abrigo, nao há porto, nao há paz.
E na dor dos outros, ficamos ainda mais perdidos.. e revoltados.
Porque ás vezes tambem precisamos de baixar os braços.
Para sentir que alguém os puxa...

terça-feira, março 04, 2008

Apetece-me apaixonar-me.

Uma daquelas paixões fulminantes.
Apetecia-me escrever cartas de amor, sonhar o corpo, imaginar a fusao de corpos enamorados.
Apetece-me o amor perfeito.
A união das individualidades marcadas, a construção de bases solidas, do querer e do lutar ate ao fim porque se sente mais forte que a vida.
Hoje, só por hoje, apetecia-me nem que fosse o engano de mim na vida de outrem, ainda que o amanha o estrangulasse.
Apetece-me rir por tudo e por nada, só porque estou com aquele sorriso de apaixonada estampado no rosto.
Apetece-me partilhar experiencias, desejos, vivencias, sonhos com alguem deitados a beira-mar.
Apetece-me fazer loucuras de amor.
Estou cansada de amizades coloridas e de paixões de uma noite. Não. Chega. Não aguento mais a separação das coisas, dos afectos que estão incorporados.
Penso que tracei desde muito cedo os meus ideais românticos e que não existe esse amor que imagino. Esse amor pleno, sereno, doce, que tanto espero que me complete um dia.