sexta-feira, fevereiro 22, 2008

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Tenho adormecido e acordado com uma ligeira dor... Há lembranças que ainda causam mágoa, revolta. Quando dou por mim, estou a remoer outra vez sobre o assunto, e penso, e repenso, e ouço as tuas palavras como se me as dissesses no preciso momento. Gostava de erguer a cabeça de uma vez por todas, de seguir em frente, apagar as mágoas, perdoar-te... mas parece que não sou capaz! Existem coisas que eu não te disse, coisas que ficaram por dizer e por isso, hoje ainda sinto cravado no peito esse desgosto.
Porquê? Tantas vezes pergunto "porquê"? Porquê a mim? Porque o fizes-te? Porque não mudas-te? Porque destruis-te a imagem que tinha de ti? O amor que sentia por ti, porque não lhe des-te valor? secalhar faço as perguntas erradas... e por isso não obtenho respostas. Mas entao questiono, quais são as certas?
Raramente me falavas dos teus problemas, e eu respeitava o teu silencio. Deveria ter-te obrigado a falar! Se o tivesse feito talvez não tivesses feito de mim o teu saco de pancada! É certo que se te perdoasse estaria melhor comigo mesma, conseguiria talvez seguir em frente, voltar a entregar-me a 100% a alguem, mas... como? Como esquecer palavras que me feriram mais do que qualquer agressão fisica, como esquecer tantas humilhaçoes? Não, não poderei jamais esquecer o quanto deixas-te marcas, cicatrizes que teimam em cicatrizar e outras já cicatrizadas, mas que são visíveis...
Dei-te tanto de mim, que talvez seja por isso que hoje já nada reste para te dar, nem tão pouco o meu perdão. É triste ver ate que ponto chegas-te. Valeu a pena? Tantas, mas tantas vezes te tentei ajudar... tantas, mas tantas vezes, te desviei desse caminho, valeu a pena? Não.
Só queria conseguir apagar os teus restos. Quando me pareço reconstruida, teimas sempre em deitar abaixo todo o esforço que fiz em reerguer-me.
Reconforta-me saber que aos poucos vais pagando pelos teus actos. Reconforta-me saber que tu estás nesse estado e que me vês assim, livre e forte como te demonstro.
O meu coração hoje pode ser triste, mas é livre...e o meu olhar, esse, já não pertence a ninguem.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

“Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- "Quem são aquelas pessoas?"
Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!
"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"


Fernando Pessoa
"Só um ou dois foram verdadeiramente importantes; os outros, que pensei amar, por quem chorei a distância e sofri na pele a ausência, foram apenas pretextos para viajar e aperfeiçoar línguas."
"...a beleza e a graça feminina perdem força e brilho com a convivência, mas que a astúcia, o humor e a inteligência são atributos que se transformam em beleza e nunca nenhum homem se enjoa."

"Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão importante como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível.
É mais fácil esperar do que desistir.
É mais fácil desejar do que esquecer.
É mais fácil sonhar do que perder.
E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver."

"Diário da Tua Ausência"


sábado, fevereiro 09, 2008

"As pessoas podem esquecer o que lhes disseste,

as pessoas podem esquecer o que lhes fizeste,
mas nunca esquecerão como lhes fizeste sentir."