quarta-feira, dezembro 27, 2006

O pior de tudo, o pior de tudo mesmo, são as palavras que nunca te direi... mas acabou.
Nao havera mais reticências, nem virgulas, nem sequer travessões.
Finalizo tudo com um ponto final.

sexta-feira, dezembro 22, 2006


Até já ...
Palavras complicadas estas...
Revelam distanciamento imediato,
no entanto com vontade também imediata de voltar a ver.
É isso que desejo. Voltar-te a ver em breve...
Acalmas-me...

domingo, dezembro 17, 2006


Vivemos num mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor enquanto a violência é praticada em plena luz do dia...
Este é o triste mundo em que vivemos!

quinta-feira, dezembro 14, 2006


" As coisas vulgares que ha na vida, nao deixam saudades
Só as lembraças que doiem me fazem sorrir...
Há gente que fica na história
Na história da gente...
Há dias que marcam a alma e a vida da gente
Aquele em que tu me deixas-te nao posso esquecer.
A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha, já eu percorrera..."
Ai... como eu gosto de ouvir este fado da Marisa! E olhem que nao ouço todo o fado... Mas nada melhor que um bom fado para caracterizar o fado que é a minha vida. Tenho alma para sentir cada compasso. Deito-me agarrada á minha fiel e amiga almofada e limito-me a libertar as lagrimas que invadem o meu coraçao... nao sei porque choro. Nao sei o que procuro. Nao sei o que quero, só sei que nao quero mais ficar assim! Eu preciso... de ti. Vem depressa por favor... nao te enganes cupido.

quarta-feira, dezembro 13, 2006



Temos pena...!!!

[Um homem perde a piada quando deixa de saber ler as entrelinhas!]

É triste...
A tua cara nao me atraia a grandes apreciaçoes... nao te compriendia, para ser sincera... nem tentei alguma vez e... agora é tarde.
É triste como é possivel sermos tao pequenos neste mundo, é triste como a vida é tao preciosa e como uns vao ate ao limite dos riscos... foi isso que te provocou a morte.
Nao lutes, nao entres em conflitos, conversa. Nao passes a vida ganzado, nao te divirtas com isso. Diverte-te com a companhia dos amigos!
Partiste e deixas-te cá tanta gente a chorar por ti... amigos que vi, familiares... eu falava muito com os teus avós... hoje o teu avo abraçou-se a mim a chorar compulsivamente... nestas alturas nucna sabemos muito bem o que fazer, limitei-me a retribuir-lhe o abraço e expulsei dentro de mim um suave..."força..." sei que nao foi muito... mas foi o que tinha para dar.
Tou triste... nao tanto por ti, mas pela dor que causas-te as pessoas que te amavam e ao facto de ter sido uma morte estupida. Estupida. Espero que isto só sirva de liçao para os muitos que agem constantemente como tu... porque... eu nao suportaria uma morte... protege-o!

sábado, dezembro 02, 2006


Fiquei assim... horas a fio enrolada nos lençois da minha cama, no escuro, trancada...












Senti dor, saudade, tristeza, amor, ódio, raiva... tudo de uma só vez, num só momento.
Larguei as amarras que me prendiam constantemente para nao fraquejar, nao voltar a chorar, nao voltar a cair!
Reconheci o calor de uma lágrima a passear pelo rosto e antes que ela caísse... segurei-a com a palma da minha mão... esperando que o vento a secasse.
A verdade é que não secou!!! Dizem por ai que o tempo cura tudo, já passou tanto tempo...porque me restam ainda cicatrizes para sarar?
Nao sei, nao percebo, ha alguem que me explique...?
só QuErO SeR FeLiZ!!!
Quero reconstruir-me, esquecer que se pode viver a dois, conseguir sentir-me bem comigo mesma e só comigo mesma! Nao preciso de ti!! Nao... nao vou cair! Nao insistas! Porque me dói tanto dizer-te que nao!
E assim continuo... no meu canto, no meu mundo, porque ando só ao sabor do vento...?

quarta-feira, novembro 22, 2006

Eu, que sou mais banal e vulgar que a mais banal das mulheres... Eu, que sou tão comum que nem preciso olhar-me ao espelho... igual que sou a tantas outras mulheres, com que me cruzo e das quais não me distingo... Eu odeio a banalidade! Odeia a rotina!
Odeio as frases feitas de quem pergunta:
- Olá como estás? E nem quer saber! Odeio os bons dias, as boas tardes, as boas noites, ditos sem pensar, sem sentimento, sem vontade, apenas porque fica bem...
E as gajas? As santinhas, as pudicas, as que têm sempre na ponta da língua um: - Ai credo, tens um decote muito provocante, se cortasses o cabelo ficava-te melhor, ha e...sem contar que eu nao tirei a carta como normalmente as pessoas fazem, nao! Eu compreei-a! Porque nao sei conduzir! Um julgamento, uma condenação! As que são contra o aborto, contra a pílula, contra a educação sexual, contra tudo que seja sexo!
Escrito, pintado feito ou falado.
"Ai, eu nao gosto de sexo! Acho nojento, só o faço pelo meu namorado" Ai...que odio!!
E quando têm “maus pensamentos” correm às sacristias porque agora sao muito crentes de Deus:
- Sr. Padre sonhei que estava a fazer sexo oral, confessam... Como se sexo oral fosse um pecado capital, esquecendo que só o peixe morre pela boca! E lavam as mãos nas pias e cumprem todas as penitências, mas falam do sexo da vizinha que é uma descarada...
E são donas de verdades absolutas.
E nunca têm dúvidas.
E só dizem…
B a n a l i d a d e s!
Ai...como ódeio esta gente hipocrita e mesquilha que me rodeia cada minuto do meu santo dia!
Hoje, estou revoltada!
Com tudo e todos!
Só me apetece (e desculpem-me o termo) mandar tudo e todos po caralho!!
E lá esta outra vez o telemovel a tocar, a atormentar o meu mais precioso momento de relax, em que meto uma musica suave para relaxar e escrevo tudo o que dá na gana! Umas vezes escrevo desafios coerentes, com pés e cabeça...outras como esta...escrevo sem pensar, sem nexo, sem verificar se está tudo certinho, sem erros ortograficos! Consigo ate adivinhar quem é pelo som da musica que toca... era aquela que ele detestava, pu-la para ver se o consigo ódiar ainda mais! Atendo? Nao atendo? é sempre esta merda de duvida! Atendo e mando-o po caralho!!

terça-feira, novembro 21, 2006

Fez-me chorar. Molhei a almofada... Porque choras tu?

"E escrevi o teu nome e o teu número de telefone numa página da agenda do mês de Fevereiro. E, ao escrevê-lo, sabia que era uma despedida, mas todo o mês de Março nos arrastámos na despedida, como caranguejos na maré vazia. Sem ti, lancei outras raízes, construí pátios e terraços, fontes cujo som deveria apagar todos os silêncios, plantei um pomar com cheiro a damasco, mandei fazer um banco de cal à roda de uma árvore para olhar as estrelas do céu, um caminho no meio do olival por onde o luar pousaria à noite, abóbadas de tijolo imaginadas pelo mais sábio dos arquitectos e até teias de aranha suspensas no tecto, como se vigiassem a passagem do tempo. Nada disso tu viste, nada te contei, nada é teu. Sozinhos, eu e a aranha pendurada na sua teia, contemplámo-nos longamente, como quem se descobre, como quem se recolhe, como quem se esconde. Foi assim que vi desfilar os anos, as paredes escurecendo, um pó de tijolo pousando entre as páginas dos mesmos livros que fui lendo, repetidamente. Heathcliff e Catarina Linton destroçados outra vez pela minúcia do tempo.Como explicar-te como tudo isto se te tornou alheio, como tudo te pareceria agora estranho, como nada do que foi teu vigia o teu hipotético regresso? Ulisses não voltará a Ítaca e Penélope alguma desfará de noite a teia que te teceste.E arranquei a página da agenda com o teu nome e o teu número de telefone. Veio a seguir Abril e depois o Verão. Vi nascer a flor da tremocilha e das buganvílias adormecidas, vi rebentar o azul dos jacarandás em Junho, vi noites de lua cheia em que todos os animais nocturnos se chamavam rãs, corujas e grilos, e um espesso calor sobre a devassidão da cidade. E já nada disto, juro, era teu.E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu pra sempre."

"Não te deixarei morrer, David Crockett" de Miguel Sousa Tavares

domingo, novembro 05, 2006

Todos os dias entro no mesmo dia. Igual ao de ontem, ao de anteontem, ao que amanha ha-de vir. Sei exactamente o que farei amanha as quatro da tarde, assim como sei o que farei as duas, ou as dez. A vida... agenda programada, calendario viciado, rotina, destino, fado. Dá-se a vida o nome que se quiser!
Eu, quero mais que isto. Quero tudo!!
Mesmo nao sabendo o que tudo é. Quero um destino grande num tempo pequeno, quero partir o ponteiro que me marca a hora e sentir!
Desregradamente
Intemporalmente
Excessivamente
Toda e qualquer emocao! Sentir! Sem condicionantes, moralismos, ditames ditados, preconceitos, obstaculos, conceitos assimilados, sentir!! Baixar as defesas, cortar as mordaças, abrir os bracos, rasgar carapaças e sentir! Partir o ponteiro que me marca o tempo, que o pontua, regula e compassa:
Sina... Calendario... Destino...Farsa...
Farsa... Calendario... Destino... Vida...
E sentir! Mesmo que parta a cara, mesmo que fique de rastos, mesmo que nunca mais reuna os pedaços, quero rasgar o peito e abrir os bracos... E sentir o pulsar, a explosao e viver pura, limpida, unica a emocao e da-la dizendo:
Esta, sou eu! Este e o meu tempo, o meu calendario, o meu objectivo e itinerario, recusar a vida, dia programado, viver a emocao sem tempo marcado, e sentir a paixao que me corre nas veias...
Sem limites
Sem regras
...quando?! Eu quero!